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A mais do que necessária participação da mulher na política
28/04/2021
Engajamento Político.

A mais do que necessária participação da mulher na política

Já foi verificado em pesquisas que a maior participação da mulher na política e nas empresas, em cargos de direção e em Conselhos de Administração, traz maior produtividade e lucratividade, além de bem-estar aos funcionários. Assim, a escolha por critério de competência, pode levar a um melhor acerto na seleção da pessoa ideal para o cargo.

Empresas mais modernas já adotaram instrumentos que impedem ou ao menos diminuem a possibilidade de preterimento da candidata por esta ser mulher.


A participação da mulher na política brasileira

O Brasil tem uma baixa participação feminina nos cargos eletivos, desde os municipais (prefeitas, vices e vereadoras) até os estaduais (governadora, vices e deputadas) e federais (presidente, vice, senadoras e deputadas). E isso se reflete na composição dos cargos em Comissão, como Ministros, Secretários de Estado e Municipais e nos demais cargos da administração pública nomeados sem concurso e previstos na legislação.

Nos 645 municípios do Estado de São Paulo por exemplo, são apenas 70 Prefeitas, 89 Vice-Prefeitas e 860 Vereadoras, podendo-se observar quão baixa é a participação política feminina nos cargos eletivos e por conseguinte, nos cargos de livre nomeação.

Análises existem aos montes, sobre as razões da distância entre o número de eleitoras – mais da metade do total – e a presença feminina nos cargos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo, nos vários níveis, ou ainda nos cargos nomeados. Dois grandes desafios que se apresentam às mulheres que pleiteiam tais cargos, são a campanha eleitoral propriamente dita e o exercício do cargo, uma vez que as exigências feitas às mulheres parecem ser diferentes das requeridas ao exercício do cargo.

Aliás, antes da campanha eleitoral, na seleção dos nomes pelos partidos, pode haver dificuldades, como os jornais têm mostrado, com o uso das candidaturas como “laranjas”, um tremendo desrespeito à mulher e à própria democracia. Alguns parecem buscar nomes apenas para cumprir a legislação, evitando nomes com força eleitoral e negando o igualitário apoio nas eleições.


Como funcionam as campanhas laranjas?

Na campanha, alguns candidatos se comportam como seres que veem a luta pelo poder como uma verdadeira guerra, com atitudes que representam ver dadeiros “vale-tudo”, com fake news e outras situações aéticas, mostrando que desejam tão somente o poder pelo poder e não o poder para fazer o bem à população, como bons representantes que deveriam ser.

Uma vez vencida essa fase, passa-se à prestação de contas, à diplomação e à posse. E ao exercício do cargo, em geral permeado pela atitude das “raposas” políticas de determinarem a forma como as mulheres deverão exercer seus mandatos. Falam muito em companheirismo, na união do partido e em governabilidade, esquecendo-se de que foram eleitos para bem representar a população, acima de qualquer conveniência, de vendo cumprir suas obrigações legais, morais e éticas.


Como aumentar a participação da mulher na política?

Como no caso das empresas, verifica-se com muita clareza, que a participação da mulher na política é benfazeja e, portanto, deve ser uma preocupação constante e objeto de ação de toda a sociedade.

A discriminação contra a mulher em todas as suas formas e setores, deve ser combatida pela sociedade, ou seja, por mulheres e homens unidos e conscientes de que se trata de importante medida para o bem comum e defesa da democracia.

Leia também: 25 anos da Declaração de Pequim: Os desafios para superar a sub-representação das mulheres nos espaços de poder

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Marilene Mariottoni é Engenheira Civil pela PUC Campinas, com Pós-Graduação e Mestrado pela Escola Politécnica da USP. Tem experiência como professora e perita judicinal. Foi vereadora de Mogi Mirim por cinco mandatos consecutivos entre1989 e 2008.

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