11/12/2019
Liderança.

A liderança adaptativa – um caminho para vencer desafios públicos em tempos de incertezas

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Esse conteúdo faz parte do Blog do CLP. Esse é um espaço onde as lideranças formadas pelos cursos do CLP compartilham boas práticas, aprendizados e soluções. No caso de hoje, a experiência é resultado da participação no Master em Liderança e Gestão Pública – MLG. O texto da líder MLG, Flávia Lancha, fala sobre Liderança Adaptativa, um dos principais pilares de ensino do MLG. Confira:

 

Liderança Adaptativa: evolução e inovação

Adaptar-se é evoluir. A máxima descoberta pelo biólogo britânico Charles Darwin, em 1859, ainda é válida. E não apenas para o mundo da biologia das espécies. Ela também pode ser aplicada na administração pública com o mesmo objetivo: evoluir e inovar. É o que prega Ronald Heifetz, uma das maiores autoridades em liderança da atualidade e cofundador do Centro de Liderança Pública da Kennedy School of Government, a escola de administração pública de Harvard.

Durante os últimos 30 anos, Heifetz vem se dedicando a estudar uma nova forma de liderança, que ele chama de liderança adaptativa, baseada principalmente no conceito de que o mundo está em constante transformação e de que um líder precisa ter a capacidade de mobilizar pessoas para que elas consigam se adaptar a novas realidades de forma rápida e possam resolver os problemas que surgem de maneira eficiente.

Para Heifetz, liderar deixou de ter relação com autoridade e poder. E passou a ser a habilidade de mobilização, gerenciamento de pessoas e criatividade.  O líder é aquele que consegue manter a identidade de seus comandados, sejam eles um grupo de funcionários ou uma comunidade, e, ainda assim, os convence do quanto, às vezes, é preciso adotar novas práticas e formas de pensar para que consigam progredir mesmo diante de desafios que mudam a toda hora.

A liderança adaptativa tem por base a Teoria da Evolução de Charles Darwin, pela qual Heifetz é fascinado, e defende que o bom líder deve levar em consideração na solução de problemas três questões fundamentais:

Esses questionamentos valem tanto para situações adversas em uma empresa ou negócio privado como para a administração pública.

 

A liderança e o envolvimento popular

Heifetz lembra que, sozinho, o líder não terá as respostas para todas essas perguntas. Ele precisará contar com a colaboração de seu grupo. E é quando, no caso da administração pública, a teoria da liderança adaptativa defende que o líder não fique refém do aparato governamental nem encapsulado em seu gabinete.

Heifetz diz que um bom governante precisa passar tempo com o povo, tanto para controlar a mensagem que deseja transmitir como para ouvir seus medos e ansiedades. Precisa dizer à população o que quer fazer, como quer fazer e por que quer fazer e convocá-la a participar da transformação e da mudança em um exercício de responsabilidade coletiva.

A liderança adaptativa – um caminho para vencer desafios públicos em tempos de incertezas

Pois a liderança é sobre o trabalho que deve ser feito. Não se resumindo a autoridade, posição, poder e influência. A liderança não significa nada a não ser que você esteja estimulando os outros a criarem soluções para novos problemas.

Dessa forma, bons líderes precisam mobilizar as pessoas que fazem parte do problema para que elas façam parte também da solução. A maneira para fazer isso é questionando a si mesmo e aos outros sobre como adaptar-se. Sobre o que deve ser mantido e o que deve ser descartado em seu comportamento. E, claro, como se pode inovar para buscar um futuro melhor.

Saiba mais sobre Liderança Adaptativa aqui.

 


 

Foto da líder MLG Flavia Lancha

Flávia Olivito Lancha Alves de Oliveira, é formada em Letras, com pós-graduação em recursos humanos pela Universidade de Franca e especialização em Administração Rural pela FGV e é líder MLG pelo Master em Liderança e Gestão Pública – MLG.  Ela já foi diretora comercial e financeira da empresa Labareda Agropecuária por 28 anos. Flávia, foi Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico de jan/17 à nov/18. Ela também é fundadora da ICOL Instituto de Capacitação e Orientação Livre que é do terceiro setor.

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